O que é Escore de Rodwell?
Avaliação da probabilidade de sepse neonatal com base em critérios hematológicos Auxilia no diagnóstico precoce de sepse neonatal através de parâmetros hematológicos.
- Indicação principal: Auxilia no diagnóstico precoce de sepse neonatal através de parâmetros hematológicos.
- Faixa etária: recém-nascidos e lactentes jovens
- Parâmetros avaliados: leucócitos totais, neutrófilos totais, neutrófilos imaturos, relação I/T, plaquetas
- Significância clínica: Ferramenta de triagem para sepse neonatal, complementa avaliação clínica.
Quando usar Escore de Rodwell?
Auxilia no diagnóstico precoce de sepse neonatal através de parâmetros hematológicos.
População-alvo: recém-nascidos e lactentes jovens
Condições relacionadas: sepse neonatal, infecção bacteriana, meningite neonatal, pneumonia neonatal
Quais parâmetros são avaliados?
A calculadora Escore de Rodwell avalia os seguintes parâmetros:
- leucócitos totais
- neutrófilos totais
- neutrófilos imaturos
- relação I/T
- plaquetas
Como interpretar os resultados?
Os resultados de Escore de Rodwell podem ser classificados em:
- ≤2: sepse improvável
- ≥3: sepse provável
Qual a importância clínica?
Ferramenta de triagem para sepse neonatal, complementa avaliação clínica.
Perguntas Frequentes sobre Escore de Rodwell
O que é o Escore de Rodwell e como foi desenvolvido?
O Escore de Rodwell é um sistema de pontuação hematológica desenvolvido em 1988 para auxiliar no diagnóstico precoce de sepse neonatal. Baseia-se na análise de 7 parâmetros do hemograma que se alteram em resposta à infecção bacteriana sistêmica. Cada critério positivo soma 1 ponto, com pontuação total de 0 a 7. O escore foi validado em múltiplos estudos e continua sendo uma ferramenta útil para triagem inicial, especialmente em locais com recursos limitados para exames mais sofisticados como procalcitonina e PCR. Sua principal vantagem é utilizar apenas o hemograma completo, exame disponível em praticamente todos os serviços de neonatologia.
Quais são os 7 critérios hematológicos do Escore de Rodwell?
Os 7 critérios do Escore de Rodwell são: 1) Leucocitose (>25.000 ao nascer, >30.000 às 12-24h, >21.000 após 48h) ou Leucopenia (<5.000); 2) Neutrofilia ou Neutropenia (valores variam por idade em horas); 3) Neutrófilos imaturos elevados (bastões, metamielócitos, mielócitos >10%); 4) Relação I/T (imaturos/totais) ≥0,2; 5) Relação I/M (imaturos/maduros) ≥0,3; 6) Alterações degenerativas nos neutrófilos (vacuolização, granulações tóxicas, corpúsculos de Döhle); 7) Plaquetopenia (<150.000/mm³). Cada critério presente soma 1 ponto.
Como interpretar a pontuação do Escore de Rodwell na prática clínica?
A interpretação do Escore de Rodwell guia a conduta clínica: Escore 0-2 (sepse improvável): valor preditivo negativo alto (~99%), pode-se considerar observação clínica sem antibióticos se paciente estável e sem fatores de risco importantes. Escore 3-4 (sepse possível): indica necessidade de investigação adicional (culturas, PCR, procalcitonina) e considerar iniciar antibioticoterapia empírica enquanto aguarda resultados. Escore ≥5 (sepse provável): alta especificidade para sepse, iniciar antibioticoterapia empírica imediata após coleta de culturas. O escore não substitui a avaliação clínica: RN com sinais clínicos de sepse deve ser tratado mesmo com escore baixo.
Quais são as limitações do Escore de Rodwell?
O Escore de Rodwell tem limitações importantes: a sensibilidade varia de 70-90% dependendo do estudo, o que significa que alguns casos de sepse podem ter escore baixo (falsos negativos). Os valores de referência variam conforme a idade em horas do RN, exigindo tabelas específicas. Condições não-infecciosas podem elevar o escore (asfixia, uso de ocitocina materna, corioamnionite sem infecção fetal, hemólise). Em prematuros extremos, os valores de referência são menos estabelecidos. O escore reflete o momento da coleta e pode estar normal nas fases muito precoces da infecção. Por isso, deve ser usado em conjunto com avaliação clínica, fatores de risco maternos e marcadores inflamatórios como PCR.