Suporte Nutricional no Paciente Cirúrgico Infantil
Resumo
1. Avaliação Nutricional Perioperatória
Objetivo: Identificar risco nutricional e planejar intervenção precoce.
Anamnese: História alimentar, perda de peso, sintomas GI, doenças crônicas.
Exame Físico: Perda de massa muscular/adiposa, edema, sinais de deficiência.
Antropometria:
Parâmetros: Peso, estatura/comprimento, perímetro cefálico (<2 anos), perímetro braquial.
Índices: P/I, E/I, P/E, IMC/I (curvas OMS).
Risco/Desnutrição: Índices abaixo de escore-Z -2.
Triagem de Risco: STRONGkids (doença de alto risco, cirurgia grande porte, diminuição ingestão, perda de peso).
Laboratoriais: Albumina, pré-albumina (influenciados por inflamação), hemograma, eletrólitos.
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2. Planejamento Nutricional Perioperatório
2.1. Pré-operatório
Jejum Abreviado:
Líquidos claros: 2 horas antes.
Leite materno: 4 horas antes.
Fórmula/Leite não humano: 6 horas antes.
Refeição leve/Sólidos: 6-8 horas antes.
Abreviação com Carboidratos: Bebida (maltodextrina) 2-3h antes (selecionados, sem motilidade gástrica diminuída ou diabetes descompensado).
2.2. Pós-operatório
Início Precoce: Nutrição Enteral (NE) nas primeiras 24-48h se TGI funcionante (mesmo trófica).
Progressão: Conforme tolerância (observar distensão, vômitos, resíduo gástrico).
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3. Necessidades Nutricionais (Recomendações Gerais)
| Componente | Recomendações em Pacientes Cirúrgicos |
| :--- | :--- |
| Fluidos (Holliday-Segar) | Até 10 kg: 100 mL/kg. 11-20 kg: 1000 mL + 50 mL/kg (>10kg). >20 kg: 1500 mL + 20 mL/kg (>20kg). |
| Energia (Kcal/kg/dia) | 0-6m: 90-120. 7-12m: 80-100. 1-7a: 75-90. 8-12a: 60-75. Adolescentes: 30-60. |
| Proteínas (g/kg/dia) | Prematuros: 3-4. 0-1a: 2-3. 1-10a: 1.2-2. Adolescentes: 1-1.5. |
| Micronutrientes | Suplementar, especialmente em terapia prolongada. |
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4. Vias de Suporte Nutricional
4.1. Nutrição Enteral (NE) - Preferencial
Indicações: TGI funcionante, ingestão oral insuficiente.
Acessos:
Curto prazo (<4-6 sem): Sonda nasogástrica (SNG) ou nasoenteral (SNE).
Longo prazo (>4-6 sem): Gastrostomia (GTT) ou jejunostomia (JTT).
Fórmulas:
Polimérica: Padrão.
Oligomérica/Hidrolisada: Má absorção, disfunção pancreática.
Elementar: Má absorção grave.
Monitoramento: Resíduo gástrico, distensão, diarreia, constipação, broncoaspiração.
4.2. Nutrição Parenteral (NP) - Alta Complexidade
Indicações: Contraindicação ou falha da NE (íleo prolongado, obstrução, fístulas alto débito, enterocolite necrosante grave).
Acessos:
Periférica: Curto prazo (<14 dias), osmolaridade <900 mOsm/L.
Central (CVC, PICC): Longo prazo, alta osmolaridade.
Componentes: Glicose, aminoácidos, lipídios, eletrólitos, vitaminas, oligoelementos.
Monitoramento e Complicações:
Metabólicas: Hiper/hipoglicemia, dislipidemia, distúrbios hidroeletrolíticos, síndrome de realimentação.
Infecciosas: Infecção de corrente sanguínea associada ao cateter.
Hepatobiliares: Colestase, esteatose (neonatos, uso prolongado).
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5. Orientações Gerais ao Prescritor e Monitoramento
Priorize NE: Sempre que possível.
Individualize: Calcule necessidades hídricas, calóricas, proteicas.
Síndrome de Realimentação: Em desnutridos graves, iniciar com 50-75% da meta calórica, progredir lentamente, monitorar eletrólitos (P, K, Mg).
Monitoramento Essencial:
Clínico: Peso diário, balanço hídrico, sinais vitais, perímetro abdominal, resíduo gástrico, sinais de sobrecarga hídrica/infecção.
Laboratorial (NP):
Diário: Glicemia capilar, eletrólitos (Na, K, Cl, Ca, P, Mg).
Semanal: Triglicerídeos, função hepática (TGO, TGP, FA, GGT, Bilirrubinas), ureia, creatinina, albumina.
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6. Sinais de Alerta para Reavaliação Imediata
Intolerância à NE: Vômitos biliosos, distensão abdominal importante, resíduo gástrico >50% do volume infundido na hora anterior.
Complicações da NP:
Febre sem foco aparente (suspeita de infecção de cateter).
Hiperglicemia persistente (>180-200 mg/dL) ou hipoglicemia.
Icterícia ou alteração significativa das enzimas hepáticas.
* Distúrbios eletrolíticos graves.
Categoria
Cirurgia pediátrica > Avaliação e perioperatório > Suporte Nutricional no Paciente Cirúrgico Infantil
Conduta Completa
1. Introdução e Relevância
O suporte nutricional no paciente cirúrgico pediátrico é um pilar fundamental para o sucesso terapêutico. Crianças e adolescentes possuem reservas energéticas limitadas e altas demandas metabólicas para crescimento e desenvolvimento, tornando-os particularmente vulneráveis ao estresse cirúrgico. Uma abordagem nutricional inadequada no período perioperatório está associada ao aumento da morbimortalidade, maior risco de infecções, pior cicatrização de feridas e maior tempo de internação hospitalar. O objetivo da terapia nutricional é modular a resposta metabólica ao trauma, fornecer substratos para a recuperação tecidual e manter o crescimento e desenvolvimento adequados.
2. Avaliação Nutricional Perioperatória
A avaliação nutricional deve ser realizada em todos os pacientes pediátricos no momento da admissão para um procedimento cirúrgico, visando identificar o risco nutricional e planejar a intervenção precoce.
2.1. Anamnese Nutricional
A anamnese deve incluir a história alimentar detalhada, perda de peso recente, sintomas gastrointestinais (vômitos, diarreia), doenças crônicas e uso de medicamentos que possam interferir na absorção de nutrientes.
2.2. Exame Físico
O exame físico deve focar na identificação de sinais de desnutrição, como perda de massa muscular (principalmente em região temporal e interóssea), depleção de tecido adiposo subcutâneo, edema e sinais de deficiência de micronutrientes (alterações de pele e fâneros).
2.3. Antropometria
A antropometria é a ferramenta objetiva mais importante para a avaliação nutricional.
Parâmetros: Peso, estatura/comprimento, perímetro cefálico (em <2 anos) e perímetro braquial.
Índices: Peso/Idade (P/I), Estatura/Idade (E/I), Peso/Estatura (P/E) e Índice de Massa Corporal/Idade (IMC/I).
Classificação: Utilizar as curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Considera-se risco nutricional ou desnutrição quando os índices estão abaixo do escore-Z -2.
2.4. Ferramentas de Triagem de Risco Nutricional
Ferramentas como a STRONGkids (Screening Tool for Risk on Nutritional Status and Growth) são recomendadas para identificar rapidamente pacientes em risco. A STRONGkids avalia a presença de doença de alto risco, previsão de cirurgia de grande porte, diminuição da ingestão alimentar e perda de peso.
2.5. Exames Laboratoriais
Embora possam ser influenciados por fatores inflamatórios, alguns marcadores podem auxiliar na avaliação.
Proteínas viscerais: Albumina (meia-vida longa, reflete estado crônico), pré-albumina e proteína transportadora de retinol (meia-vida curta, refletem alterações agudas). Seus níveis podem estar diminuídos tanto pela desnutrição quanto pela resposta inflamatória.
Outros: Hemograma completo (anemia), eletrólitos, vitaminas e oligoelementos conforme suspeita clínica.
3. Planejamento Nutricional Perioperatório
3.1. Período Pré-operatório
O objetivo é otimizar o estado nutricional antes do procedimento.
Jejum Pré-operatório: As diretrizes modernas recomendam a abreviação do jejum para minimizar o desconforto e a resposta catabólica.
Líquidos claros (sem resíduos): 2 horas antes do procedimento (ex: água, chá, suco de maçã sem polpa).
Leite materno: 4 horas antes do procedimento.
Fórmula infantil / Leite não humano: 6 horas antes do procedimento.
Refeição leve / Sólidos: 6 a 8 horas antes do procedimento.
Abreviação do Jejum com Carboidratos: Em pacientes selecionados, a oferta de uma bebida rica em carboidratos (maltodextrina) 2 a 3 horas antes da cirurgia pode atenuar a resistência à insulina pós-operatória. As contraindicações incluem motilidade gástrica diminuída e diabetes descompensado.
3.2. Período Pós-operatório
A reintrodução da dieta deve ser precoce, assim que as condições clínicas permitirem.
Início da Nutrição: A nutrição enteral (NE) deve ser iniciada nas primeiras 24-48 horas após a cirurgia, se o trato gastrointestinal estiver funcionante, mesmo em baixos volumes (nutrição trófica).
Progressão: A dieta deve ser progredida conforme a tolerância do paciente, observando-se distensão abdominal, vômitos ou aumento do resíduo gástrico.
4. Necessidades Nutricionais
As necessidades variam conforme idade, peso, estado nutricional e estresse metabólico.
| Componente | Recomendações Gerais em Pacientes Cirúrgicos |
| :--- | :--- |
| Energia | Utilizar equações preditivas como Schofield ou da FAO/WHO para estimar o Gasto Energético Basal (GEB), sem adicionar fatores de estresse. A calorimetria indireta é o padrão-ouro, quando disponível. |
| Proteínas | A oferta deve ser aumentada para promover o anabolismo e a cicatrização. Lactentes: 2-3 g/kg/dia. Crianças 1-10 anos: 1.2-2 g/kg/dia. Adolescentes: 1-1.5 g/kg/dia. |
| Fluidos | O cálculo padrão é o de Holliday-Segar: Até 10 kg: 100 mL/kg. 11-20 kg: 1000 mL + 50 mL/kg para cada kg >10. >20 kg: 1500 mL + 20 mL/kg para cada kg >20. Ajustar conforme perdas e estado hemodinâmico. |
| Micronutrientes | As necessidades de vitaminas e oligoelementos (zinco, selênio, cobre) estão aumentadas devido ao estresse oxidativo e à cicatrização. A suplementação deve ser considerada, especialmente em terapia nutricional prolongada. |
5. Vias de Suporte Nutricional
A via enteral é sempre a preferencial devido aos seus benefícios fisiológicos, como manutenção da integridade da barreira intestinal e menor risco de infecção.
5.1. Nutrição Enteral (NE)
Indicações: Pacientes com trato gastrointestinal funcionante, mas com incapacidade de ingestão oral suficiente.
Vias de Acesso:
Curto prazo (<4-6 semanas): Sonda nasogástrica (SNG) ou nasoenteral (SNE).
Longo prazo (>4-6 semanas): Gastrostomia (GTT) ou jejunostomia (JTT).
Escolha da Fórmula:
Polimérica: Padrão, com nutrientes intactos. Adequada para a maioria dos pacientes.
Oligomérica/Hidrolisada: Contém peptídeos e/ou aminoácidos. Indicada para síndromes de má absorção ou disfunção pancreática.
Elementar: Composta por aminoácidos livres. Reservada para casos graves de má absorção.
Monitoramento e Complicações: Resíduo gástrico, distensão abdominal, diarreia, constipação e broncoaspiração.
5.2. Nutrição Parenteral (NP)
Indicações: Contraindicação ou falha da nutrição enteral (ex: íleo paralítico prolongado, obstrução intestinal, fístulas de alto débito, enterocolite necrosante grave).
Vias de Acesso:
Periférica: Para curto prazo (<14 dias) e soluções com osmolaridade <900 mOsm/L.
Central (CVC, PICC): Para longo prazo, soluções de alta osmolaridade ou acesso periférico ruim.
Componentes: Solução contendo glicose, aminoácidos, emulsão lipídica, eletrólitos, vitaminas e oligoelementos.
Monitoramento e Complicações:
Metabólicas: Hiperglicemia, hipoglicemia, dislipidemia, distúrbios hidroeletrolíticos, síndrome de realimentação.
Infecciosas: Infecção de corrente sanguínea associada ao cateter.
* Hepatobiliares: Colestase e esteatose, especialmente em neonatos e uso prolongado.
6. Referências
1. ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Recomendações Nutricionais para Crianças em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral. Projeto Diretrizes, 2011.
2. CARVALHO, C. A. L. B., et al. Mudando paradigmas em jejum pré-operatório: resultados de um mutirão em cirurgia pediátrica. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 44, n. 5, p. 440-446, 2017.
3. ESPGHAN; ESPEN; ESPR. ESPGHAN/ESPEN/ESPR guidelines on pediatric parenteral nutrition. Clinical Nutrition, 2018.
4. FALCÃO, M. C.; TANNURI, U. Nutrition for the pediatric surgical patient: approach in the peri-operative period. Revista do Hospital das Clínicas, v. 57, n. 6, p. 299-308, 2002.
5. GOMES, D. F., et al. Manual de triagem e avaliação nutricional em pediatria. BRASPEN Journal, v. 39, n. 1, 2024.
6. MELRO, E. C. A importância da nutrição pós-cirúrgica no paciente pediátrico: uma revisão narrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 4, p. 3235-3245, 2019.
7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP). Tratado de Pediatria. 5. ed. Barueri: Manole, 2022.
8. VERISSIMO, R. C. S. S. Terapia nutricional enteral no paciente crítico pediátrico: uma revisão da literatura. HU Revista, v. 37, n. 1, p. 89-96, 2011.
Tratamento
1. Orientações Gerais ao Prescritor
Priorize a via enteral: Sempre que o trato gastrointestinal estiver funcionante, a nutrição enteral é a primeira escolha.
Avalie o risco nutricional: Utilize ferramentas como a STRONGkids para identificar pacientes que necessitam de intervenção nutricional precoce.
Individualize a prescrição: Calcule as necessidades hídricas, calóricas e proteicas com base na idade, peso e condição clínica do paciente.
Monitore a tolerância: Progrida a terapia nutricional de forma gradual, monitorando sinais de intolerância como distensão abdominal, vômitos e diarreia.
Atenção à Síndrome de Realimentação: Em pacientes com desnutrição grave, inicie a nutrição com 50-75% da meta calórica e progrida lentamente, monitorando eletrólitos (fósforo, potássio, magnésio).
2. Cálculo Rápido de Necessidades Basais
| Parâmetro | Faixa Etária/Peso | Cálculo |
| :--- | :--- | :--- |
| Fluidos (Holliday-Segar) | Até 10 kg | 100 mL/kg |
| | 11 a 20 kg | 1000 mL + 50 mL/kg (para cada kg acima de 10 kg) |
| | > 20 kg | 1500 mL + 20 mL/kg (para cada kg acima de 20 kg) |
| Energia (Kcal/kg/dia) | 0 - 6 meses | 90 - 120 Kcal/kg/dia |
| | 7 - 12 meses | 80 - 100 Kcal/kg/dia |
| | 1 - 7 anos | 75 - 90 Kcal/kg/dia |
| | 8 - 12 anos | 60 - 75 Kcal/kg/dia |
| | Adolescentes | 30 - 60 Kcal/kg/dia |
| Proteínas (g/kg/dia) | Prematuros | 3 - 4 g/kg/dia |
| | 0 - 1 ano | 2 - 3 g/kg/dia |
| | 1 - 10 anos | 1.2 - 2 g/kg/dia |
| | Adolescentes | 1 - 1.5 g/kg/dia |
3. Modelos de Prescrição de Nutrição Enteral (NE)
3.1. NE Contínua (Bomba de Infusão)
Indicado para: Pacientes críticos, início de terapia, intolerância a bolus.
Exemplo de Prescrição (Lactente de 8 kg):
1. Fórmula Infantil Padrão (ex: 67 Kcal/100mL ou 1 Kcal/mL, conforme necessidade).
2. Volume Total Diário: 800 mL (100 mL/kg/dia).
3. Meta Calórica: ~536 Kcal (67 Kcal/kg/dia).
4. Modo de Administração: Infusão contínua por bomba em Sonda Nasoenteral (SNE).
5. Velocidade de Infusão: Iniciar com 10-15 mL/h e progredir 10 mL/h a cada 8-12h, conforme tolerância, até atingir a meta de ~33 mL/h.
6. Cuidados:
Manter decúbito elevado (30-45°).
Lavar a sonda com 5-10 mL de água a cada 4 horas e após medicações.
3.2. NE Intermitente/Bolus (Gravitacional ou Seringa)
Indicado para: Pacientes estáveis, transição para dieta oral, uso domiciliar.
Exemplo de Prescrição (Criança de 15 kg):
1. Fórmula Pediátrica Padrão 1.0 Kcal/mL.
2. Volume Total Diário: 1250 mL (meta hídrica de Holliday-Segar).
3. Meta Calórica: 1250 Kcal.
4. Modo de Administração: Dieta por gavagem (gravitacional) em Gastrostomia (GTT).
5. Esquema: 210 mL a cada 4 horas (6x/dia), infundido em 30-60 minutos.
6. Cuidados:
Oferecer o volume lentamente para evitar desconforto.
Lavar a sonda com 10-20 mL de água antes e após cada dieta.
4. Modelo de Prescrição de Nutrição Parenteral (NP)
CUIDADO: Prescrição de alta complexidade, requer monitoramento intensivo.
Exemplo de Prescrição (Criança de 10 kg com falência intestinal):
1. Acesso Venoso Central.
2. Cálculo dos Macronutrientes:
Fluidos: 1000 mL/dia (100 mL/kg/dia).
Glicose: Iniciar com TIG (Taxa de Infusão de Glicose) de 6-8 mg/kg/min.
Aminoácidos: 2.0 g/kg/dia = 20 g/dia.
Lipídios: 2.0 g/kg/dia = 20 g/dia.
3. Prescrição da Solução (exemplo para farmácia de manipulação):
Glicose 50%: 230 mL
Solução de Aminoácidos Pediátrica 10%: 200 mL
Emulsão Lipídica 20%: 100 mL
NaCl 20%: 10 mEq
KCl 19,1%: 10 mEq
Gluconato de Cálcio 10%: 10 mL
Sulfato de Magnésio 50%: 2 mL
Fosfato de Potássio: 10 mmol
Polivitamínicos (fração pediátrica): 1 ampola/dia
Oligoelementos (formulação pediátrica): 1 ampola/dia
Água destilada q.s.p: 1000 mL
4. Modo de Administração: Infundir 41.6 mL/h em bomba de infusão contínua (24h) por Acesso Venoso Central.
5. Monitoramento Essencial e Sinais de Alerta
5.1. Monitoramento
Clínico:
Peso diário.
Balanço hídrico rigoroso.
Sinais vitais.
Perímetro abdominal, resíduo gástrico (se SNG).
Sinais de sobrecarga hídrica (edema, taquipneia).
Sinais de infecção do cateter (hiperemia, dor, febre).
Laboratorial (NP):
Diário: Glicemia capilar, eletrólitos (Na, K, Cl, Ca, P, Mg).
Semanal: Triglicerídeos, função hepática (TGO, TGP, FA, GGT, Bilirrubinas), ureia, creatinina, albumina.
5.2. Sinais de Alerta para Reavaliação Imediata
Intolerância à NE: Vômitos biliosos, distensão abdominal importante, resíduo gástrico >50% do volume infundido na hora anterior.
Complicações da NP:
Febre sem foco aparente (suspeita de infecção de cateter).
Hiperglicemia persistente (>180-200 mg/dL) ou hipoglicemia.
Icterícia ou alteração significativa das enzimas hepáticas.
Distúrbios eletrolíticos graves.
Acesso Interativo
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