Cólera

Resumo

1. Definição e Contexto Doença: Infecciosa intestinal aguda, causada por Vibrio cholerae (O1/O139). Característica: Diarreia aquosa profusa ("água de arroz"), indolor, de grande volume, levando rapidamente à desidratação grave e choque. Transmissão: Fecal-oral (água/alimentos contaminados). Urgência: Emergência médica, especialmente em crianças (<5 anos, desnutridas) devido à rápida progressão da desidratação. 2. Fisiopatologia Essencial Toxina colérica ativa adenilil ciclase nos enterócitos → aumento de AMPc → hipersecreção massiva de cloreto, sódio e água para o lúmen intestinal. 3. Fatores de Risco Água não tratada, saneamento inadequado, higiene deficiente. Alimentos crus/malcozidos (peixes/mariscos). Áreas endêmicas/surtos. Crianças < 5 anos, desnutridas. 4. Apresentação Clínica e Avaliação da Desidratação (OMS) Sintoma Principal: Diarreia aquosa súbita, profusa, "água de arroz" (acinzentada, turva, flocos de muco, odor de peixe). Outros: Vômitos (contribuem para perda), ausência de febre alta. Foco: Avaliação rápida do estado de hidratação. | Grau de Desidratação | Sinais Chave | Conduta | | :------------------- | :---------- | :------ | | Sem Desidratação | Bem, alerta, olhos normais, lágrimas presentes, boca úmida, bebe normalmente, prega desaparece rápido. | Plano A (TRO domiciliar) | | Alguma Desidratação | Inquieto/irritado, olhos fundos, lágrimas ausentes, boca seca, bebe avidamente, prega desaparece lentamente (<2s). | Plano B (TRO supervisionada) | | Desidratação Grave | Letárgico/inconsciente, hipotônico, olhos muito fundos/secos, lágrimas ausentes, bebe mal/não consegue, prega desaparece muito lentamente (>2s), pulso rápido/fraco ou ausente, enchimento capilar >3s. | Plano C (Reidratação EV urgente) | 5. Diagnóstico Clínico: Diarreia aquosa aguda e profusa em contexto epidemiológico. Confirmação: Cultura de fezes (V. cholerae O1/O139). Testes rápidos de antígeno. Diferencial: Rotavírus, ETEC, Salmonella, Shigella, intoxicação alimentar. 6. Manejo e Tratamento: Pilar é a Reidratação 6.1. Plano A: Prevenção da Desidratação (Domiciliar) Sais de Reidratação Oral (SRO): Oferecer após cada evacuação. < 2 anos: 50-100 mL. ≥ 2 anos: 100-200 mL. Sulfato de Zinco: < 6 meses: 10 mg VO, 1x/dia, por 10 dias. ≥ 6 meses: 20 mg VO, 1x/dia, por 10 dias. Manter alimentação habitual e aleitamento materno. 6.2. Plano B: Desidratação Leve a Moderada (Supervisionado) SRO (TRO): Administrar 75 mL/kg em 4 horas. Oferecer em pequenos volumes. Se vomitar, aguardar 10 min e reiniciar lentamente. Reavaliar continuamente. Se hidratado, passar para Plano A. Se persistir desidratação, repetir Plano B. 6.3. Plano C: Desidratação Grave (Emergência Hospitalar) Prioridade: Acesso venoso calibroso (2, se possível). Fase de Expansão EV (Ringer Lactato ou SF 0,9%): Crianças < 1 ano: 30 mL/kg em 1 hora, seguido por 70 mL/kg nas 5 horas seguintes. Crianças ≥ 1 ano: 30 mL/kg em 30 minutos, seguido por 70 mL/kg nas 2,5 horas seguintes. Antibioticoterapia (iniciar o mais rápido possível): Reduz volume/duração da diarreia e excreção bacteriana. 1ª escolha: Azitromicina: 20 mg/kg VO, dose única (máx. 1g). 2ª escolha: Doxiciclina: 2-4 mg/kg VO, dose única (máx. 300mg). Baixo risco de manchas dentárias em dose única. Alternativa: Eritromicina 12,5 mg/kg/dose, 4x/dia, por 3 dias. Monitoramento: Glicemia capilar (imediato), eletrólitos, ureia, creatinina. Transição: Iniciar SRO (5 mL/kg/h) assim que o paciente conseguir beber, mantendo EV. 7. Complicações Choque hipovolêmico: Principal causa de óbito. Insuficiência renal aguda. Distúrbios eletrolíticos (hipocalemia, hiponatremia). Hipoglicemia (especialmente em crianças pequenas/desnutridas). 8. Sinais de Alerta para Retorno Imediato Piora da diarreia ou vômitos repetidos. Recusa em beber/mamar. Piora do estado geral (sonolência, apatia, irritabilidade). Diminuição/ausência de diurese. Sede excessiva. Sangue nas fezes. Febre alta. 9. Critérios de Hospitalização Qualquer criança com desidratação grave (Plano C). Falha na TRO (vômitos persistentes, perdas muito elevadas). Alteração do nível de consciência. Complicações (insuficiência renal, hipoglicemia sintomática, distúrbios eletrolíticos graves). Condições sociais adversas. 10. Prevenção Saneamento básico, água potável. Higiene (lavagem das mãos). Segurança alimentar (cozinhar bem, evitar procedência duvidosa). Vacinas orais contra cólera (OCV) em áreas endêmicas/surtos (≥ 1 ano, 2 doses).

Categoria

Infecciosas e Exantemáticas > Parasitoses e micologias > Cólera

Conduta Completa

1. Definição e Contexto A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina da bactéria Vibrio cholerae (sorogrupos O1 ou O139). Caracteriza-se por uma diarreia aquosa profusa, que pode levar rapidamente à desidratação grave e à morte se não for tratada adequadamente. A transmissão ocorre pela via fecal-oral, principalmente através da ingestão de água e alimentos contaminados. Embora a maioria dos casos apresente sintomas leves a moderados, a rápida progressão para a desidratação grave torna a cólera uma emergência médica, especialmente em crianças, que possuem menor reserva hídrica. Globalmente, estima-se que ocorram de 1,3 a 4 milhões de casos anuais, com 21.000 a 143.000 mortes. 2. Fisiopatologia Após a ingestão, o Vibrio cholerae coloniza o intestino delgado. A bactéria produz a toxina colérica, que se liga aos enterócitos e ativa a enzima adenilil ciclase. Esse processo resulta em um aumento acentuado dos níveis intracelulares de AMP cíclico, o que provoca uma hipersecreção de cloreto, sódio e água para o lúmen intestinal, excedendo a capacidade de absorção do cólon e resultando em uma diarreia secretória massiva. 3. Fatores de Risco Os principais fatores de risco em pediatria estão associados a condições socioeconômicas e sanitárias precárias: Consumo de água de fontes não tratadas ou contaminadas. Saneamento básico inadequado e descarte impróprio de dejetos. Higiene pessoal e alimentar deficientes. Consumo de alimentos crus ou malcozidos, especialmente peixes e mariscos. Residir ou viajar para áreas endêmicas ou com surtos ativos. Crianças menores de 5 anos, especialmente as desnutridas, têm maior risco de desenvolver formas graves da doença. 4. Apresentação Clínica O período de incubação é curto, variando de horas a 5 dias. A apresentação clínica pode variar desde uma infecção assintomática até uma diarreia grave e fulminante. Diarreia: O sintoma principal é uma diarreia aquosa, súbita, indolor e de grande volume. As fezes são tipicamente descritas como "água de arroz" (acinzentadas, turvas, com flocos de muco e odor de peixe). Vômitos: Podem ocorrer, especialmente no início do quadro, e contribuem para a perda de fluidos. Ausência de Febre: A febre alta é incomum. Desidratação: A perda rápida e intensa de fluidos e eletrólitos leva a sinais de desidratação, que são a principal causa de morbimortalidade. A avaliação do estado de hidratação é o ponto central do exame físico. Tabela 1: Avaliação do Estado de Hidratação em Crianças (OMS) | Parâmetro | Sem Desidratação (Plano A) | Alguma Desidratação (Plano B) | Desidratação Grave (Plano C) | |---|---|---|---| | Condição Geral | Bem, alerta | Inquieto, irritado | Letárgico, inconsciente, hipotônico | | Olhos | Normais | Fundos | Muito fundos e secos | | Lágrimas | Presentes | Ausentes | Ausentes | | Boca e Língua | Úmidas | Secas | Muito secas | | Sede | Bebe normalmente | Bebe rápido, avidamente | Bebe mal ou não consegue beber | | Sinal da Prega | Desaparece rapidamente | Desaparece lentamente (<2 seg) | Desaparece muito lentamente (>2 seg) | | Pulso | Cheio | Rápido e fraco | Muito fraco ou ausente | | Enchimento Capilar | < 2 segundos | 2-3 segundos | > 3 segundos | | Perda de Peso | < 5% | 5-10% | > 10% | | Conduta | Terapia de Reidratação Oral (TRO) em domicílio | TRO supervisionada na unidade de saúde | Reidratação endovenosa urgente | 5. Diagnóstico O diagnóstico da cólera é primariamente clínico, baseado na história de diarreia aquosa aguda e profusa, especialmente em um contexto epidemiológico de surto. Exames Laboratoriais: A confirmação é feita pelo isolamento do V. cholerae O1 ou O139 em cultura de fezes (coprocultura). Testes rápidos de antígeno em amostras fecais podem ser úteis para a detecção precoce em surtos. Exames Complementares: Eletrólitos, glicemia e função renal devem ser monitorados em casos graves para avaliar e corrigir distúrbios como hipocalemia, hipoglicemia e insuficiência renal pré-renal. 5.1. Diagnóstico Diferencial Inclui outras causas de diarreia aguda infecciosa, como: Rotavírus e outros vírus entéricos Escherichia coli enterotoxigênica (principal causa da "diarreia dos viajantes") Salmonella spp. Shigella spp. (geralmente com sangue nas fezes) Intoxicação alimentar 6. Manejo e Tratamento O pilar do tratamento é a reidratação rápida e adequada para corrigir as perdas de fluidos e eletrólitos. A antibioticoterapia é um tratamento adjuvante em casos moderados a graves. 6.1. Terapia de Reidratação O manejo é estratificado de acordo com o grau de desidratação, seguindo os planos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Plano A (Sem Desidratação): Tratamento domiciliar para prevenir a desidratação. Aumentar a ingestão de líquidos. Administrar Sais de Reidratação Oral (SRO) após cada evacuação diarreica: 50-100 mL para crianças <2 anos e 100-200 mL para crianças de 2 a 10 anos. Manter a alimentação habitual (aleitamento materno é fundamental). Suplementação de zinco (10 mg/dia para <6 meses; 20 mg/dia para ≥6 meses) por 10-14 dias para reduzir a duração e a gravidade da diarreia. Plano B (Alguma Desidratação): Terapia de reidratação ora supervisionada na unidade de saúde. Administrar 75 mL/kg de SRO em 4 horas. Reavaliar o estado de hidratação continuamente. Se os sinais de desidratação persistirem, repetir o Plano B. Se a criança vomitar, esperar 10 minutos e reiniciar a oferta de SRO mais lentamente. Após a reidratação, seguir as orientações do Plano A. Plano C (Desidratação Grave): Reidratação endovenosa (EV) de emergência. Indicações: Sinais de desidratação grave, choque hipovolêmico, alteração do nível de consciência, vômitos incoercíveis. Esquema de Hidratação EV (Ringer Lactato ou Soro Fisiológico 0,9%): Crianças < 1 ano: 30 mL/kg em 1 hora, seguido por 70 mL/kg nas próximas 5 horas. Crianças ≥ 1 ano: 30 mL/kg em 30 minutos, seguido por 70 mL/kg nas próximas 2 horas e 30 minutos. Reavaliar o paciente continuamente. Assim que for possível, iniciar a SRO concomitantemente à terapia EV. 6.2. Terapia com Antibióticos Indicada para pacientes com desidratação moderada a grave, pois reduz o volume e a duração da diarreia e o período de excreção da bactéria. A escolha depende do perfil de sensibilidade local. Tabela 2: Antibioticoterapia para Cólera em Pediatria | Medicamento | Dose Pediátrica | Duração | Observações | |---|---|---|---| | Azitromicina (1ª escolha) | 20 mg/kg (dose máxima de 1g) | Dose única | Preferível pela facilidade de administração e perfil de segurança. | | Doxiciclina (2ª escolha) | 2-4 mg/kg (dose máxima de 300mg) | Dose única | Alternativa para crianças < 12 anos, conforme diretrizes do MS. O risco de manchas dentárias é baixo com dose única. | | Eritromicina | 12,5 mg/kg/dose, 4 vezes ao dia | 3 dias | Alternativa quando outras opções não estão disponíveis ou são contraindicadas. | 7. Complicações Choque hipovolêmico: A complicação mais temida e principal causa de óbito. Insuficiência renal aguda: Secundária à hipovolemia e hipoperfusão renal. Distúrbios eletrolíticos: Hipocalemia (pode causar íleo paralítico e arritmias) e hiponatremia. Hipoglicemia: Especialmente em crianças pequenas e desnutridas, devido à depleção das reservas de glicogênio. 8. Prevenção A prevenção é a medida mais eficaz e se baseia em estratégias de saúde pública e higiene. Saneamento Básico: Acesso à água potável e tratamento de esgoto. Higiene: Lavagem das mãos com água e sabão, especialmente antes de preparar alimentos e após usar o banheiro. Segurança Alimentar: Cozinhar bem os alimentos e consumir imediatamente. Evitar alimentos de procedência duvidosa. Vacinação: A OMS recomenda o uso de vacinas orais contra a cólera (OCV) em áreas endêmicas e durante surtos, como medida complementar. As vacinas disponíveis (inativadas) são seguras para crianças acima de 1 ano de idade e geralmente requerem duas doses. 9. Referências 1. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Cholera. Geneva: WHO, 2024. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Tratamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. 3. PAPE, J. W. Cholera. In: Current Medical Diagnosis & Treatment 2024. McGraw Hill, 2024. 4. RYAN, E. T. Cholera: Clinical features, diagnosis, treatment, and prevention. UpToDate, 2023. 5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES (SBIm). Vacina contra a cólera. São Paulo: SBIm, 2021. 6. MEDSCAPE. Cholera Treatment & Management. New York: Medscape, 2025. 7. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Cholera Outbreak Response Field Manual. Geneva: WHO, 2022. 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Integrado de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças Transmitidas por Alimentos. Brasília: MS, 2018.

Tratamento

1. Orientações ao Prescritor 1. Avaliação Rápida: A prioridade máxima é avaliar o grau de desidratação para definir o plano terapêutico. Use a tabela da OMS como guia. 2. Reidratação é a Chave: A correção da hipovolemia salva vidas. A antibioticoterapia é secundária. 3. Monitoramento Contínuo: Reavalie o estado de hidratação, débito urinário, nível de consciência e sinais vitais frequentemente, especialmente nas primeiras horas do Plano C. 4. Glicemia: Verifique a glicemia capilar em toda criança com alteração do nível de consciência ou sinais de desidratação grave. 5. Antibióticos: Inicie antibióticos assim que possível em casos de desidratação grave ou moderada para reduzir a duração e o volume da diarreia. A escolha deve ser baseada na sensibilidade local, se conhecida. --- 2. Planos de Tratamento e Prescrições Plano A: Prevenção da Desidratação (Manejo Domiciliar) Indicação: Criança sem sinais de desidratação. Prescrição Sugerida: 1. Sais de Reidratação Oral (SRO) - envelope para diluir em 1L de água filtrada/fervida Oferecer após cada evacuação líquida. Para < 2 anos: 50 a 100 mL (aproximadamente ½ copo). Para ≥ 2 anos: 100 a 200 mL (aproximadamente 1 copo). 2. Sulfato de Zinco < 6 meses: 10 mg, via oral, uma vez ao dia, por 10 dias. ≥ 6 meses: 20 mg, via oral, uma vez ao dia, por 10 dias. 3. Manter alimentação habitual, especialmente o aleitamento materno. --- Plano B: Tratamento da Desidratação Leve a Moderada (Uso Supervisionado) Indicação: Criança com sinais de "alguma desidratação". Prescrição Sugerida: 1. Sais de Reidratação Oral (SRO) - Terapia de Reidratação Oral (TRO) Volume: Administrar 75 mL/kg nas primeiras 4 horas. Administração: Oferecer em pequenos volumes (colher ou copo) a cada 5-10 minutos. Se vomitar, aguardar 10 minutos e reiniciar mais lentamente. Monitorar e reavaliar continuamente. Após 4 horas, se hidratado, passar para o Plano A. Se mantiver sinais de desidratação, repetir o Plano B. --- Plano C: Tratamento da Desidratação Grave (Emergência Hospitalar) Indicação: Criança com sinais de desidratação grave (letargia, pulso fraco/ausente, sinal da prega >2s). Prescrição Sugerida: 1. Acesso venoso periférico calibroso (dois, se possível). 2. Fase de Expansão Rápida Endovenosa (Solução cristaloide: Ringer Lactato ou SF 0,9%) Crianças < 1 ano: Administrar 30 mL/kg em 1 hora, seguido por 70 mL/kg nas 5 horas seguintes. Crianças ≥ 1 ano: Administrar 30 mL/kg em 30 minutos, seguido por 70 mL/kg nas 2,5 horas seguintes. 3. Antibioticoterapia (iniciar assim que possível) Azitromicina suspensão oral (geralmente 200mg/5mL): Administrar 20 mg/kg em dose única, via oral ou sonda nasogástrica. (Dose máxima: 1g). Alternativa: Doxiciclina suspensão oral ou comprimido dispersível: Administrar 2-4 mg/kg em dose única. (Dose máxima: 300mg). 4. Monitoramento Laboratorial: Solicitar: Glicemia capilar (imediato), eletrólitos (sódio, potássio), ureia, creatinina. Corrigir distúrbios conforme protocolo. 5. Iniciar SRO (5 mL/kg/h) assim que o paciente conseguir beber, mantendo a hidratação venosa. --- 3. Sinais de Alerta para Retorno Imediato Orientar os pais/cuidadores a retornar imediatamente ao serviço de saúde se a criança apresentar: Piora da diarreia (aumento do número de evacuações ou do volume). Vômitos repetidos que impedem a ingestão de líquidos. Recusa em beber ou mamar. Piora do estado geral: criança fica muito sonolenta, apática ou irritada. Diminuição do volume de urina ou ausência de diurese. Sede excessiva. Presença de sangue nas fezes. Febre alta. --- 4. Critérios de Hospitalização Qualquer criança com desidratação grave (Plano C). Falha na terapia de reidratação oral (Plano B) devido a vômitos persistentes ou perdas diarreicas muito elevadas. Alteração do nível de consciência (letargia, coma). Presença de complicações (insuficiência renal, hipoglicemia sintomática, distúrbios eletrolíticos graves). Condições sociais adversas que impeçam o manejo seguro em domicílio.

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